Diabéticos desesperam com falta de sensores. Laboratório avalia critérios de distribuição
Infarmed fala em aumento da procura e diz serem disponibilizadas cem mil unidades por mês, mais 7% face ao ano passado. Farmácias defendem mais controlo na prescrição.
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"Pronto, vou ter que continuar a picar [o dedo]". O desabafo, ouvido numa farmácia, é de um diabético que, mais uma vez, não conseguiu comprar o sensor que lhe monitoriza a glicemia. Não é caso único, garante a Associação Nacional das Farmácias (ANF), que fala numa "situação recorrente". A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) revela que ao mercado chegam, mensalmente, cerca de cem mil unidades, mais 7% face a 2024. E que, face ao "significativo aumento da procura", a Abbott está a reavaliar os critérios de distribuição por forma a "reforçar o fornecimento" às farmácias de menor dimensão.
Questionada pelo JN sobre a falta de sensores, havendo já farmácias com lista de espera, a ANF confirma registar "a dificuldade das farmácias em dar resposta às necessidades da população". E que "continuam a chegar relatos das farmácias de falta de sensores de glicemia em quantidade suficiente para atender aos pedidos".