O "Diário Económico" só regressará às bancas na próxima segunda-feira e o site não será atualizado durante esta quinta-feira, tendo em conta que os trabalhadores estão em greve esta quinta-feira devido aos salários em atraso e à incerteza sobre o futuro do projeto.
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Numa informação disponível no 'site', a direção do "Diário Económico" informa que "na sexta-feira não haverá edição em papel, estando esta de regresso na próxima segunda-feira".
Além disso, "pelo mesmo motivo, o 'site' do Económico não será atualizado durante o dia de hoje, sendo retomado o funcionamento normal à meia noite", refere a nota na qual se acrescenta que "os telespetadores podem, naturalmente, continuar a acompanhar a informação económica no Etv".
A greve de 24 horas que os trabalhadores do Económico estão hoje a realizar visa o pagamento dos salários em atraso, pois "apesar da violação de que são alvo" em relação "a um direito elementar", os trabalhadores "têm assegurado o regular funcionamento da empresa", disse à Lusa o delegado sindical e membro da Comissão Instaladora da Comissão de Trabalhadores do "Diário Económico", Paulo Jorge Pereira.
Na semana passada, os trabalhadores do "Diário Económico", Económico TV e Economico.pt entregaram o pré-aviso de greve de 24 horas, através do SJ e do Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (Sindetelco), esclarecendo que a paralisação seria desconvocada ou suspensa logo que fossem pagos os salários de janeiro.
Entretanto, a direção editorial do Económico apresentou na terça-feira a demissão do cargo, tendo o administrador Gonçalo Faria de Carvalho afirmado, numa comunicação interna, que iria procurar encontrar "com a maior brevidade possível" uma alternativa para a condução do projeto.
Na carta de demissão enviada à administração, a que a Lusa teve acesso, o diretor, Raul Vaz, e os subdiretores Bruno Faria Lopes, Francisco Ferreira da Silva e Tiago Freire afirmam que, na "sequência da comunicação de 23 de fevereiro, e na ausência de soluções para os constrangimentos às condições de trabalho no Económico então reportadas, a direção editorial apresenta a sua demissão".
"Naturalmente, e no espírito construtivo que sempre a moveu, a direção está disponível para assegurar o normal funcionamento do jornal, televisão e 'site', aguardando que a administração tome, o mais depressa possível, as decisões relativas ao futuro da direção do Económico", referem na carta.
A Ongoing Strategy Investments, 'holding' do grupo que detém o Diário Económico, entrou na semana passada em processo especial de revitalização (PER) de empresas devido às dificuldades financeiras, tendo sido nomeado já um administrador judicial provisório.
O Económico, incluindo televisão e jornal, emprega cerca de 138 pessoas.