Entre a manutenção do que já há como oferta pastoral na diocese do Porto e a urgência da inovação, com especial atenção à família e aos jovens, como comprovou um recente inquérito a 50 mil pessoas sobre as suas necessidades e expectativas, a Igreja Portucalense vai continuar a sua aposta na missão, que teve um ponto alto em 2010.
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A Missão 2010 valeu-se muito das iniciativas dos secretariados diocesanos que encheram a agenda dos doze meses, propondo às paróquias , movimentos e obras a dinamização evangelizadora. Sem pôr em questão a validade de tal metodologia, talvez tenham sido menores as iniciativas das comunidades de base, sobretudo paróquias, que, em algumas casos, se limitaram a ser caixas de ressonância para consumo da "papinha" pastoral pronta a digerir.
A continuidade prevista da missão na diocese do Porto deve descobrir alternativas tão ou mais criativas para a mobilização das bases ou, como diz D. Manuel Clemente, para a "aproximação das pessoas e circunstâncias envolventes, terra a terra, bairro a bairro, meio a meio, inclusive os socioculturais e informáticos". São planos que requerem mais do que uma agenda carregada dos secretariados que já fizeram muito e bem. Aguarda-se o balanço da Missão 2010, em 26 do mês corrente, para (re)descoberta de alternativas tão ou mais criativas para mobilização das bases, a fim de que as propostas ganhem raízes e perdurem numa evangelização de proximidade.
Nada disso invalidará, bem pelo contrário, o projecto pastoral comum em elaboração para as dioceses portuguesas, com um itinerário sinodal, que incidirá na formação para e na missão.