Grupo Vita recebeu as novas denúncias em apenas um mês de atividade. Maioria das vítimas são do Norte.
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O Grupo Vita vai começar, esta semana, a enviar às dioceses e aos institutos religiosos os dados referentes às 23 novas denúncias contra padres acusados de abusos sexuais. “Apesar dos relatos serem de acontecimentos ocorridos há dezenas de anos, os sacerdotes estão todos no ativo e estão a ser sinalizados”, disse ao JN Rute Agulhas, a responsável pelo organismo criado para acolher, escutar, acompanhar e prevenir as situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica.
Num mês, o grupo acolheu o relato de 23 pessoas, maioritariamente do Norte de Portugal, que nunca tinham apresentado qualquer queixa sobre os padres em causa. “São relatos absolutamente novos, feitos por pessoas que se identificaram e que querem que os relatos sejam transmitidos às dioceses”, afirmou Rute Agulhas. Algumas das alegadas vítimas “fazem questão que as denúncias sejam enviadas ao Ministério Público mesmo sabendo que, a haver crime já prescreveu”.