Direção executiva do SNS diz que grávida que perdeu bebé foi “avaliada de forma atempada”
A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde garantiu, esta quarta-feira, que a grávida de 40 semanas que perdeu o bebé após o nascimento, depois de ter sido assistida em cinco hospitais, “terá sido avaliada de forma atempada”.
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Em comunicado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) explicou que em todos os hospitais onde foi observada, a grávida “terá sido avaliada de forma atempada por profissionais de saúde qualificados, submetida aos exames e avaliações considerados necessários, tendo recebido as orientações consideradas adequadas”.
A DE-SNS fez “uma avaliação preliminar do percurso assistencial” da mulher, sem divulgar detalhes “por respeito e em cumprimento das normas aplicáveis à confidencialidade clínica e à privacidade da utente”.
“Da análise efetuada, e sem prejuízo das auditorias internas em curso nas Unidades, apurou-se que, em todos os momentos, terá sido garantido o acesso aos cuidados de saúde dentro dos parâmetros assistenciais definidos para o atendimento, e que a utente terá sido devidamente referenciada para os serviços de urgência”, sustentou.
A DE-SNS afirmou que a resposta prestada é “congruente com os protocolos de referenciação e de acesso em vigor, tendo sido assegurada a continuidade assistencial ao longo de todo o percurso da utente no Serviço Nacional de Saúde”.
Endereçando sentidas condolências à família enlutada, DE-SNS acrescentou que já comunicou a conclusões ao Ministério da Saúde e à Ordem dos Médicos.
Na terça-feira, a ministra da Saúde disse, a propósito desta situação, que assume a responsabilidade resolvendo os problemas, e não demitindo-se.
Um dia antes, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou que vai acompanhar a avaliação dos cinco hospitais envolvidos na assistência prestada à grávida.
Em causa está o caso de uma mulher que terá sido atendida em cinco unidades hospitalares do SNS em 13 dias, referindo queixas de dores, tendo o parto sido realizado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, em 22 junho, onde, “pouco tempo depois, a recém-nascida morreu”.