Ao longo dos últimos 50 anos, milhares de portugueses, homens e mulheres, têm estado na primeira linha da evangelização, graças aos cursos de cristandade em que participaram, despertando para a fé ou para a vontade de crescer nela com a prática do testemunho apostólico.
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Hoje, muitos continuam a ser protagonistas da nova evangelização. Todos não são muitos, por mais que se juntem e se aliem aos seus irmãos e irmãs na fé, para se constituírem como sinal de contradição numa sociedade que muitos já apelidam de "novo anticristianismo", traduzindo-se numa espécie de "cristianofobia" ou de "cultura contra Deus".
Descansem: não se trata de uma cruzada ou de um fundamentalismo, como se a Igreja se considerasse uma fortaleza assediada de inimigos por todos os lados. Trata-se apenas de os cristãos, sobretudo os leigos, na sua vocação e missão, serem no mundo e nas suas realidades temporais, fiéis à sua índole secular, santificando-se e dando testemunho das suas razões. Seria péssimo que, em Igreja, alguém, sobretudo bispos ou padres, frustrassem os leigos, negando-lhes voz e vez para serem levedura na sociedade, fazendo com que o Evangelho penetre nos areópagos modernos da cultura, da economia, da política e dos meios de comunicação social.
Conheci os cursos de cristandade em meados dos anos 60 do século passado. Não é dos movimentos de Igreja que mais aprecio, mas mantenho profundo respeito por quem faz a caminhada de cristão graças ao carisma desse movimento, que se traduz no avivamento da fé. Parabéns aos cursos de cristandade e que os cursistas resistam à tentação da ociosidade apostólica.