Os diretores escolares alertam que as falhas que se continuam a verificar no Portal das Matrículas estão a adiar trabalho que as escolas poderiam estar já a desenvolver caso as inscrições fossem concluídas. O prazo está quase a terminar, mas os constrangimentos continuam a impedir a inscrição de centenas de alunos.
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A dois dias das matrículas do 6º ao 9º anos e 11º ano fecharem, os constrangimentos no Portal das Matrículas continuam a impedir a inscrição de centenas de alunos. Os problemas persistem desde que o período das inscrições abriu, a 22 de junho, embora o Ministério da Educação tenha garantido que estão em curso otimizações ao site. Devido aos constrangimentos, a tutela decidiu prolongar o prazo por mais uma semana, ou seja, até à próxima sexta-feira, 5 de julho.
Ouvidos pelo JN, os diretores escolares tranquilizam os pais, uma vez que haverá sempre possibilidade de matricularem posteriormente os filhos e de conseguirem uma vaga. Mas alertam que, para as escolas - que não saberem com o que contam até as matrículas fecharem -, as falhas adiam trabalho para o arranque do novo ano letivo.
“É uma situação que gera mais trabalho para as escolas e é o adiar de um trabalho que podíamos estar já a desenvolver”, afirma Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos Escolares (ANDAEP). O diretor observa que os problemas se repetem ano após ano, defendendo que o Ministério da Educação deve identificar a origem dos problemas e arranjar uma solução para pôr também fim à “ansiedade desnecessária” que criam junto dos encarregados de educação.
Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares (ANDE), corrobora: “Para as escolas é complicado porque temos ‘timings’ para organizar as turmas, distribuir os alunos, definir que professores vamos precisar. Enquanto não tivermos as matrículas todas feitas não sabemos exatamente com o que contar”, refere. Embora, note, ainda seja julho, pelo que as escolas estão “dentro do tempo necessário”.
Todavia, Manuel António Pereira observa que várias plataformas sob a tutela do Ministério da Educação têm "dado problemas". Por isso, o diretor considera que deveriam ter sido feitas melhorias antes, numa altura em que as escolas não precisavam de ter acesso às mesmas.