Diretores de escolas duvidam de medida do PS para explicações no Secundário
No âmbito da recuperação das aprendizagens, o PS propõe tutorias ou explicações para os alunos do Secundário abrangidos pela Ação Social Escolar. O presidente da associação nacional de diretores (ANDAEP), Filinto Lima, classifica a proposta de “bondosa” mas tem dúvidas quanto à sua execução.
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“Garantir aos alunos do ensino Secundário beneficiários da Ação Social Escolar a possibilidade de usufruírem de tutorias e/ou apoios especializados (explicações)”, lê-se no programa. O JN apurou que a intenção é atribuir apoios individualizados, dados pelos professores nas escolas que os alunos frequentam.
O problema, explica Filinto Lima, é que as escolas já perderam este ano o reforço do crédito horário, previsto no plano de recuperação, que permite a atribuição de tempo e de professores a projetos e apoios. Além disso, prossegue o presidente da ANDAEP, no atual contexto de escassez de docentes, já muitos diretores se queixam de ter de cortar apoios aos alunos.
Cada escola, frisa Filinto Lima, “prioriza” as suas atividades, “regra geral, o 1.º º ciclo, tem maior número de apoios e, se sobrarem horas, apostamos no Português e Matemática, nas disciplinas que têm provas nacionais. Vai-se gastando os recursos até ao Secundário”.
O programa do PS também prevê que os alunos apanhados pela pandemia no 1.º º e 2. º ciclos devem “ser acompanhados ao longo do seu percurso escolar, realizando testes de diagnóstico e beneficiando de planos personalizados de recuperação de aprendizagens”.