
Distrito do Porto passa de dois para seis concelhos em risco elevado
EPA/Tibor Rosta
O número de concelhos acima do limite da incidência definido pelo Governo, de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, aumentou de 29 para 43 numa semana.
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Os dados divulgados ontem pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que, entre 7 e 14 de abril, manteve-se o número de dois concelhos com uma incidência superior a 960 novos casos de infeção: Vila Franca do Campo (1357), na Madeira, que já se encontrava neste patamar, e Odemira (991), no Alentejo.
Nordeste, nos Açores, recuou para o grupo dos concelhos com 480 ou mais novos diagnósticos de covid-19. Neste nível estão ainda Aljezur, Machico e Resende. Com mais de 240 novos casos encontram-se sete municípios: Cabeceiras de Basto, Cinfães, Lagoa (Açores), Penela, Portimão, Porto Moniz e Ribeira Grande.
Na linha entre os 120 e os 240 casos há 30 autarquias. No distrito do Porto, numa semana, o número de concelhos acima dos 120 casos passou de dois para seis: Baião, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel, Paredes e Valongo. Estes dois últimos mantiveram-se no mesmo patamar. A "mancha amarela" estende-se agora também aos concelhos limítrofes dessa zona, como Castelo de Paiva (Aveiro) Cinfães (Viseu).
alandroal com 60 casos
De destacar que os concelhos de Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior, que recuaram para a primeira fase nas medidas de desconfinamento, a 19 de abril, tiveram uma evolução diferente. Em Odemira, as infeções subiram. Em Portimão, desceram de 381 novos casos para 306. Já Rio Maior (137) e Moura (153) decaíram para o nível dos concelhos acima dos 120 casos.
Nos seis concelhos que não puderam avançar na reabertura, Alandroal passou de 361 novas infeções para 60, Albufeira baixou de 226 casos para 159, e Carregal do Sal desceu de 227 para 162. A Figueira da Foz foi o único concelho deste grupo a subir, de 145 para 153 infeções. Marinha Grande reduziu de 182 para 140 e Penela diminuiu de 334 para 278.
Norte com Rt superior a 1
Quanto à matriz de risco, os dados da DGS apontam para uma taxa de transmissibilidade (Rt) de 0,98 a nível nacional e de 0,99 no continente. O mesmo valor da última quarta-feira. A taxa de incidência desceu de 72,7 para 72,1 casos por 100 mil habitantes, em todo o território, e de 68,9 para 68,3 em Portugal continental.
Quanto às novas infeções diagnosticadas em 24 horas, o valor foi de 506 (menos 130 do que na véspera), tendo morrido uma pessoa (menos quatro). O número de doentes em cuidados intensivos baixou da barreira dos 100 internados (98) num total de 384 doentes (menos 11).
Na monitorização semanal das linhas vermelhas, da DGS e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), as principais conclusões revelam que o Norte é a única região do país com um Rt superior a 1. E que foi entre os 30 e os 35 anos que se verificou uma incidência mais elevada (122 casos por 100 mil habitantes). A incidência mais baixa registou-se nos 85 anos (36 casos).
