<p>Nuno de Santa Maria será confirmado hoje, em Roma, como o oitavo santo português. Nascido a 24 de Junho de 1360, o novo santo português foi um dos portugueses que mais marcaram a história do nosso país. </p>
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Falecido em 1431, no Carmo de Lisboa, sabe-se que D. Duarte pediu, em 1437, para que se organizasse o seu processo de canonização. Adquiriu o título de “Condestável do Reino” devido aos méritos na guerra de 1385 entre Portugal e Castela. Foi em 21 de Fevereiro deste ano que o Papa Bento XVI anunciou a canonização do “Condestabre”. O povo português, na sua sabedoria, já há muito o havia consagrado como o Santo Condestável, exemplo de quem soube renunciar a honrarias para se dedicar aos mais pobres, depois de ter sido um notável general de uma guerra que nos garantiu a independência seriamente ameaçada. Com reconheceu o presidente da República, Cavaco Silva, D. Nuno é “uma figura maior da nossa história que, no passado e no presente, deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor”. O Governo não o entende assim, talvez por uma falsa compreensão da laicidade do Estado que presume extensiva à sociedade, o que não é exacto, porque a sociedade portuguesa não é necessariamente laica, nem o Estado tem ser anti-religioso. Louve-se o novo santo, relevante personagem histórica digna de ser conhecida e imitada nos dias de hoje.