A publicação dos mapas dos serviços de urgência de obstetrícia e blocos de parto bem como das urgências de pediatria que estão abertos e fechados foi adiada para esta sexta-feira por necessidade de confirmação dos dados com os hospitais, adiantou o Ministério da Saúde ao JN.
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"A informação disponibilizada no sistema pelos hospitais está a ser validada", esclareceu fonte do Ministério da Saúde, indicando que os mapas só serão publicados quando houver certeza de que "os dados estão atualizados e coerentes com a realidade". Este trabalho "está a demorar mais tempo do que se antecipou", acrescentou.
A desatualização da informação que estava nos mapas que eram publicados pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) foi um dos argumentos da ministra para a não divulgação da mesma.
Ontem, Ana Paula Martins afirmou no Parlamento que pediu à DE-SNS para publicar os mapas, mas que este órgão recusou por estar em gestão corrente.
“Tem-nos deixado bastante perplexos que gestão corrente não seja pôr uns mapas num site”, afirmou a governante aos deputados da Comissão de Saúde.
O organismo liderado pelo diretor-executivo demissionário, Fernando Araújo, recebeu as declarações da ministra com "enorme surpresa". Em comunicado, explicou que recebeu o pedido do gabinete de Ana Paula Martins para assumir essa responsabilidade no dia 9 de junho e justificou que não tendo a DE-SNS "sido convidada a participar em nenhuma reunião para a elaboração deste plano, não tendo tido conhecimento oficial do mesmo, não tido sido incumbida para o monitorizar", nem conhecendo a estratégia do plano, "poderia ser confusa a sua colocação neste separador, pois as dúvidas que poderiam surgir e a necessidade de ajustes ao plano que seriam precisos realizar, não poderiam ser respondidos ou efetuados pela DE-SNS”.
DE-SNS nega ter recusado cumprir orientações superiores
A DE-SNS diz ainda que a sugestão passou, então, por serem os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a integrar essa informação no site do Portal do SNS, “tendo o gabinete da Sra. Ministra da Saúde concordado com a proposta”.
“Em nenhum momento foi alegado que, pelo facto de termos pedido a demissão a 22 de abril e formalmente apresentado a mesma, após a divulgação do relatório solicitado pelo Ministério da Saúde, a 21 de maio de 2024, e estando a aguardar a nomeação da nova equipa, nos recusamos a cumprir com orientações superiores”, assegura a DE-SNS.
Desde 1 de junho, com a entrada em funcionamento do SNS24 Grávida, esta informação deixou de estar disponível para o público em geral. Mesmo com a divulgação dos mapas, prevista para amanhã, a tutela recomenda às grávidas que liguem para a linha SNS24 (808 24 24 24) para serem orientadas para o serviço de obstetrícia mais próximo aberto.