Marco Moreira, doente do Hospital de S. João, participou no ensaio clínico de um fármaco para a doença de Crohn .
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Marco André Moreira carrega o diagnóstico de doença inflamatória do intestino (DII), mais concretamente doença de Crohn, desde os 20 anos. Tem agora 35, os últimos 13 a lutar com esta patologia que lhe rouba qualidade de vida e autonomia. Acompanhado desde 2017 no serviço de gastrenterologia do Hospital de S. João, Marco experimentou vários tratamentos, mas nada funcionava. Nem mesmo os medicamentos biológicos, alguns muito dispendiosos, conseguiram inverter o quadro ou pelo menos estabilizar a doença. “Não tinha qualidade de vida nenhuma e a última esperança era participar num ensaio clínico que ia começar”, conta ao JN.
Foi em 2021, em plena pandemia, mas o processo foi simples. “Tinha de tomar uma medicação oral, todos os dias”, algo a que já estava mais do que habituado. A diferença foi mesmo no resultado. “Ao fim de dois ou três meses comecei a sentir melhorias”, recorda o doente que, dois anos e meio depois, continua a fazer o mesmo tratamento e a ter vigilância apertada no hospital.