Doentes com pulseiras azuis e verdes vão deixar de ser atendidos nas urgências
Os doentes a quem for atribuída uma pulseira azul ou verde, na triagem das urgências, vão passar a ser encaminhados para uma consulta num centro de saúde ou num hospital de dia, num prazo de 24 horas, segundo um projeto de portaria do Ministério da Saúde e que entrará em consulta pública.
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O documento, a que o jornal "Público" teve acesso, revela que estes casos menos graves terão de ser atendidos fora da urgência hospitalar, caso seja garantida consulta no próprio dia ou no dia seguinte. Para ser atendido na urgência do hospital, o paciente terá de ser referenciado pelo INEM, pelo SNS24, pelos cuidados de saúde primários, por um médico com “informação clínica assinada” ou por outra instituição de saúde.
Quem entrar pelo próprio pé na urgência, terá acesso a um telefone para ligar à linha SNS24 e, caso recuse fazê-lo ou tal não seja possível, será triado na urgência e recusada a sua admissão, caso receba pulseira azul ou verde, os níveis considerados não urgentes pelo sistema de triagem de Manchester. Esta norma não abrange crianças, adultos com mais de 70 anos, doentes camados ou em cadeira de rodas, vítimas de trauma, grávidas ou outras situações de risco.
Está previsto que, se aprovada a portaria, as restrições entrem em vigor de forma faseada em todos os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde.