<p>Os doentes crónicos e com deficiência física querem papel mais activo na comunidade, para lutar por um sociedade mais aberta e solidária, tal como defende a coordenadora nacional, Maria Goretti da Silva, da Fraternidade Cristã das Pessoas Doentes Crónicas e Deficientes Físicas (FRATER). "Nós só pedimos que reconheçam o nosso lugar, para termos voz activa e opinião, como todos os outros", sublinha. Lamenta a falta de meios materiais e técnicos, por parte dos doentes, mas sobretudo "a falta uma mentalidade mais solidária e mais aberta, por parte das pessoas". Reforça a sua opinião: "temos os mesmos direitos do que outros, na sociedade. Podemos ser olhados como diferentes mas não como pessoas diminuídas".</p>
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A FRATER é um movimento católico de pessoas com doença crónica e deficiência física. Procura anunciar a Palavra de Deus junto de outros doentes, ajudá-los a se desenvolverem enquanto pessoas e contribuir para a sua inserção na sociedade e na Igreja. Teve origem em França, na localidade de Verdun, por iniciativa do padre François, em 1945. Actualmente, está presente em cerca de 50 países, pelo Mundo, abarcando Europa, África, América Central e do Sul e na Ásia. Em Portugal, o movimento existe desde 1970.
A FRATER portuguesa está a participar, desde o dia 3 do corrente até amanhã, no V Comité Internacional do movimento, que reúne na Casa Diocesana do Porto as equipas coordenadoras de diversos países.
Como se confirmou na diocese do Porto, com a peregrinação dos frágeis, ninguém é inútil na sociedade e na Igreja. Doentes crónicos ou deficientes são pessoas e merecem ser estimados.