Doentes crónicos precisam de ter um plano de cuidados único no sistema de saúde
É preciso criar planos de cuidados únicos para doentes crónicos para melhorar a coordenação entre os hospitais e centros de saúde. O apelo foi lançado pelo subdiretor-geral da Saúde, André Peralta-Santos, à luz de um novo relatório que mostra um desempenho inferior de Portugal neste indicador face à média da OCDE.
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"Temos de melhorar a coordenação de cuidados entre os diversos níveis. O que implica que uma pessoa que tenha uma ou mais doenças crónicas tenha um plano de cuidados único. Ou seja, que não tenha um plano de cuidados do cardiologista, outro do neurologista, outro do médico de família", sublinhou André Peralta-Santos, subdiretor-geral da Saúde, em declarações ao JN, a propósito dos resultados nacionais do estudo "Patient Reported Indicators Surveys" (PaRIS), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que será apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, com o apoio da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A coordenação dos cuidados é um dos desafios identificados no estudo, com o sistema de saúde português a registar um desempenho inferior à média na OCDE (49% vs. 59% neste caso, dos 19 países que participaram no PaRIS). Os resultados nacionais foram obtidos através de um inquérito em que participaram 11 744 utentes, com 45 e mais anos, de 91 centros de saúde (unidades de saúde familiar e unidades de cuidados de saúde personalizados) do SNS, que decorreu no segundo semestre de 2023.