
Condição hereditária é, por norma, típica das regiões piscatórias do Norte e Centro
Foto: Maria João Gala
Portugal tem dois mil casos de paramiloidose e continua a ser o país do Mundo com maior prevalência da "doença dos pezinhos". Dois terços estão na região Norte e um quarto no distrito do Porto. Para quase metade, a doença - hereditária e incurável - já condiciona a decisão de ter filhos. Quase 60% dos doentes têm dificuldade em desempenhar sozinhos as atividades do dia a dia, 40% estão reformados e só 10% recebe apoio domiciliário. As conclusões são de dois estudos - Cardinal e Lantern - apresentados esta quinta-feira, em Vila do Conde, dia do lançamento da campanha de consciencialização "Pé Ante Pé".
"É a primeira vez que temos dados concretos. Portugal continua a ser o país com maior prevalência da doença, com os concelhos de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim à cabeça", explica, ao JN, Miguel Silva, da direção da Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP). Conhecer melhor a realidade, permite ajustar a ação e esse, diz Miguel Silva, "é o principal objetivo".
