Seja ou não feliz a expressão "frágeis", a verdade é que hoje, à tarde, no Palácio de Cristal, no Porto, pode acontecer o "milagre" de a diocese portucalense, na aventura do seu plano pastoral "Missão 2010 - Co-responsabilidade para a nova evangelização", congregar milhares de pessoas das que mais sofrem ou se sentem débeis pela doença, pela muita idade ou por alguma deficiência física ou mental.
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No humanismo cristão, ninguém é dispensável ou descartável. Bem compreendida e vivida, a dor pode ser amorosa quando o amor é doloroso até à redenção.
Os frágeis ou débeis podem ser uma retaguarda de evangelização em que a diocese do Porto está empenhada, na diversidade da vocação e da missão de todos os cristãos. No silêncio e tantas vezes no anonimato, os débeis podem ser tanto ou mais evangelizadores do que os mais ágeis agentes pastorais activos diante dos desafios que a vida das pessoas colocam hoje, pastoralmente, à Igreja Católica.
A participação na Eucaristia, presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pode ser um momento alto e significativo das muitas acções que as comunidades cristãs da vasta diocese portucalense têm realizado desde Janeiro e que vão prosseguir com imaginação até Dezembro, para criar estímulos de iniciativas futuras na missão prioritária da Igreja - a nova evangelização.A dor humana pode ser uma profecia quando os frágeis não desperdiçam, no seu sofrimento, a lição de amor oblativo, e fazem uma aprendizagem contínua da lição pascal de Cristo crucificado e ressuscitado. Diante de uma flor, quem diria que está escondida uma semente apodrecida na terra?