Dos salários à habitação, saiba quais as mudanças que Pedro Nuno promete fazer

Salário mínimo nos mil euros e salário médio a crescer

O líder do PS quer que, no final da próxima legislatura, em 2028, "o salário mínimo atinja pelo menos os mil euros". Também pretende rever o acordo de rendimentos alcançado em concertação social, fazendo com que o aumento do salário mínimo "possa estar associado ao aumento dos salários médios". "Os salários de hoje são a base das pensões futuras", argumentou.

Reformar a Segurança Social para garantir a sua "sustentabilidade"

Pedro Nuno Santos quer "colocar à discussão e concretizar uma reforma das fontes de financiamento do sistema de Segurança Social". O objetivo, frisou, é fazer com que "a sustentabilidade futura deste não dependa apenas das contribuições pagas sobre o trabalho". Esta medida foi muito aplaudida pelos delegados presentes.

O socialista referiu que, embora "a automatização, a robotização e a inteligência artificial" tenham "um enorme potencial para aumentar a produtividade", também "trazem desafios. Assim, quer que os setores "altamente lucrativos mas com poucos trabalhadores" contribuam mais para a Segurança Social, aliviando assim os contribuintes.

Habitação: rendas passarão a ter em conta o crescimento dos salários

O secretário-geral do PS pretende "definir, com o INE, um novo indexante de atualização das rendas que tenha em consideração a evolução dos salários", e não apenas o valor anual da inflação. O objetivo é que, "em anos de inflação elevada", e sempre que esteja acima ds 2%, a evolução das rendas não fique "desligada da evolução dos salários".

"Quando a inflação é igual ou inferior a 2%, a atualização das rendas continua a ser como ocorre hoje; quando a inflação é superior a 2% a atualização das rendas terá de ter em linha de conta a capacidade das pessoas as pagarem, capacidade essa que é medida pela evolução dos salários", detalhou Pedro Nuno.

Reforçar o SNS e criar programa de saúde oral

Pedro Nuno Santos quer "investir na valorização da carreira médica", de modo a que estes profissionais fiquem "motivados para trabalhar no SNS". Esse investimento pressupõe também a modernização dos equipamentos e a garantia de que os portugueses recebem tratamentos "de qualidade".

De modo a reverter os "maus resultados" a nível de saúde oral, quer implementar um programa que, "de forma gradual e progressiva", garanta que o SNS passa a assegurar este tipo de cuidados aos utentes. Esta novidade pressupõe a criação de uma carreira de medicina dentária no SNS.

Aumentar salários e acelerar a carreira docente

Por último, Pedro Nuno Santos comprometeu-se a "aumentar os salários de entrada na carreira docente", de modo a tornar a profissão de professor "mais atrativa" e ajudar a colmatar o défice destes profissionais que existe no país. Pretende também dar "maior equilíbrio" à carreira, reduzindo as diferenças entre os primeiros e os últimos escalões.

Desburocratizar e "fazer escolhas" nos setores a apoiar

Na economia, Pedro Nuno propõe um "programa de desburocratização e simplificação, elaborado em diálogo e com a participação das empresas portuguesas, que reduza de forma substancial os obstáculos ao investimento". Terá em atenção a "transparência" e o "respeito pelo ambiente.