O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, recusa integrar a lista de candidatos a deputados por Lisboa, para a qual era apontado para o primeiro ou o segundo lugar, devido à Operação Influencer. "Optei por sair de cargos públicos nesta fase. É uma decisão pessoal", disse ao Expresso este sábado.
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Contactado pelo JN, o ministro não quis tecer mais declarações e, embora tenha confirmado que não será candidato, remeteu para as declarações feitas ao semanário para justificar a decisão que já comunicou ao partido quinta-feira, numa reunião do Secretariado da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL). A lista é aprovada segunda-feira pela distrital e no dia seguinte pela comissão política do PS.
Duarte Cordeiro, que é presidente daquela federação, não quer exercer cargos públicos enquanto decorrem casos na justiça em que o seu nome foi envolvido pelo Ministério Público, nomeadamente a Operação Influencer, apesar de não ser arguido no processo.
Segundo o Expresso, o ainda ministro diz que a decisão "é pessoal" e que foi tomada para evitar ambientes tóxicos e proteger o seu nome no âmbito do caso que levou à demissão do primeiro-ministro, António Costa, e à queda do Governo.
Referiu que não tem muita paciência para "o ambiente tóxico" que se vive. "Vou aguardar serenamente que se esclareça que todos estes casos não me envolvem, antes de voltar a disponibilizar-me para cargos públicos", explicou, manifestando "certeza" de que não será "acusado de nada".
"Sempre gostei de assumir desafios difíceis e exigentes na política e não vejo outra forma de encarar o exercício de cargos públicos de forma plena e livre", declarou ainda.
"Tenho todos os meus direitos intactos e não tomei nenhuma decisão definitiva para a vida", acrescentou Duarte Cordeiro, insistindo que tem direito ao seu "bom nome".