É a segunda vez em quatro meses que o Ministério da Saúde é acusado de ignorar o INEM. Primeiro foi o caso do ajuste direto dos helicópteros de emergência médica, que levou à demissão da anterior direção. Agora, a tutela disse que não esperava a greve dos técnicos quando foi avisada e instada a reagir dez dias antes.
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Na última terça-feira, a ministra da Saúde afirmou publicamente que não estava à espera da greve às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), mas a declaração é desmontada pelo sindicato que decretou a paralisação.
"Não estávamos à espera que, neste momento, os técnicos de emergência pré-hospitalar se recusassem a fazer horas extraordinárias, mas compreendemos, porque a falta de pessoal é tanta, que as horas extraordinárias acabam por ser a única forma de compensar", afirmou Ana Paula Martins, citada pela Lusa, no dia seguinte à greve, que causou graves constrangimentos no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.