Depois de Passos Coelho, outro antigo presidente do PSD e primeiro-ministro entra na campanha da AD. Durão Barroso vai participar no comício desta sexta-feira, em Santa Maria da Feira. Para o líder social-democrata, Luís Montenegro, vai ser "uma mais-valia para o Governo".
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O antigo líder do PSD e ex-presidente da Comissão Europeia vai ser o convidado desta sexta-feira do comício da Aliança Democrática (AD), pelas 21 horas, em Santa Maria da Feira. Para o candidato da AD, Luís Montenegro, trata-se da prova de que os sociais-democratas têm ao seu lado “o seu legado, a sua história”.
Durão Barroso entra, assim, na campanha quatro dias depois do também antigo líder do PSD e primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e, um dia depois, da ex-presidente do CDS-PP, Assunção Cristas.
“Não nos podemos esquecer que Durão Barroso foi ministro dos Negócios estrangeiros, primeiro-ministro e presidente da Comissão Europeia durante dez anos. Não há ninguém na política portuguesa que tenha um currículo desta dimensão. É uma mais-valia para o país e para o próximo Governo”, considerou Luís Montenegro, satisfeito por ter ao seu lado “pessoas que nos podem ajudar a governar e a interargir no panorama internacional”.
Num artigo, publicado, esta sexta-feira, no semanário Nascer do Sol, Durão Barroso defende que “depois de tudo o que se passou com a governação PS, e também depois de tudo o que não se fez durante esse longuíssimo período, é essencial uma mudança de ciclo político em Portugal”.
“A verdade é que o atual Governo, apesar de se dizer socialista, tem desenvolvido uma política que, sendo estatista, é muito pouco social: assiste-se a uma profunda degradação dos serviços públicos, nomeadamente da saúde e da educação, e também a uma generalizada crise da habitação com custos sociais muito graves, sobretudo para os mais jovens”, sustenta o ex-líder do PSD, num artigo intitulado “mudar é preciso”.
O antigo primeiro-ministro, que participou na Universidade de Verão do PSD, considera que um novo governo do PS “seria o mais esquerdista desde o Gonçalvismo”, relacionando essa afirmação com a situação externa, que classifica de preocupante, com a guerra na Ucrânia, e os “alinhamentos externos de Portugal” na União Europeia e na NATO e as posições de PCP e BE, eventuais parceiros para uma governação socialista.