José Ribeiro e Castro acredita que o CDS-PP precisa, nesta altura, de "muito trabalho de formiguinha" e de um apaziguamento do clima interno, quase de "zaragata", que acredita ter sido responsável pelo desaire eleitoral. Para o ex-líder centrista, a primeira prova de fogo está nas regionais da Madeira.
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Ribeiro e Castro não vai estar no congresso deste fim de semana do CDS-PP em Guimarães, porque participa nas comemorações do centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que contam com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Por isso, recusa tomar uma posição de apoio ou crítica sobre Nuno Melo, que foi um dos seus principais opositores quando era líder do grupo parlamentar do CDS-PP. "Isso compete aos congressistas", diz apenas, o antigo presidente dos centristas.
Ainda assim, Ribeiro e Castro vai acompanhar os trabalhos com expectativa, até porque o CDS-PP vai regressar agora "à casa da partida" e precisa entrar "numa rota de recuperação".
"O CDS precisa, nos próximos meses, de muito trabalho de formiguinha", acredita o ex-líder dos centristas convicto de que a primeira prova de fogo do partido reside nas eleições regionais da Madeira e só depois virão as europeias. "Aí já será possível fazer leituras sobre se o CDS está nessa rota de recuperação", sustenta.
Mas, para isso, o partido também precisa de paz interna, crê. "Os últimos tempos foram muito duros e isso é que penso que fez muito mal ao partido", defende Ribeiro e Castro, falando até em "grupos em zaragata".
O ex-líder centrista está confiante de que será possível o CDS sair do congresso de Guimarães dentro do "caminho para recuperar". Mas, tem algum receio de que a pacificação não seja possível. "Há sinais um pouco preocupantes", admite, recusando especificar quais.