O candidato presidencial comunista, Edgar Silva, defendeu, este domingo, uma outra Europa, laica, multicultural, solidária, com Portugal na linha da frente da cooperação internacional pelo desarmamento e o respeito escrupuloso pela atual Constituição da República, e por "nenhuma outra".
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"Esta é a candidatura dos que querem edificar uma Europa outra. Alguns tentam fazer crer que o nosso projeto tem uma qualquer reserva contra a Europa e vê em Portugal um isolacionismo que nada tem a ver com a nossa candidatura", esclareceu o ex-padre madeirense, no maior comício até agora da sua "corrida" ao Palácio de Belém, na antiga FIL, em Lisboa.
Segundo o dirigente do PCP, o partido distingue-se porque quer "a edificação de uma Europa outra, das ideias, das culturas multiformes, a Europa laica e da laicidade do Estado, da secularização, da tolerância, da pluralidade, da busca das mais amplas liberdades e de uma exigente edificação de uma avançada vivência democrática".
"Defendemos uma Europa outra, social, de coesão social, da solidariedade, aberta aos valores da paz e da construção da paz", sublinhou o deputado regional da Região Autónoma da Madeira.
O membro do Comité Central comunista expressou o desejo de que "o Presidente da República faça cumprir a Constituição naqueles que devem ser os compromissos internacionais de Portugal, mas em que Portugal possa assumir o papel de ator, protagonista na promoção de uma outra política baseada na cooperação entre os Estados e os povos, numa política que promova o desarmamento".
Segundo o próprio, a sua candidatura cumprirá e fará cumprir o Texto Fundamental e "não só uma defesa da Constituição de forma geral, amputada ou com reservas mentais como alguns querem fazer".
"A Constituição tem de ser integralmente compreendida, todo o texto e não apenas uma parte. É esta candidatura que assume, como nenhuma outra garante, o respeito integral por esta Constituição e não por nenhuma outra", sublinhou.