O presidente da República reafirmou, esta sexta-feira, os elogios ao antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Marcelo Rebelo de Sousa disse que se limitou a dizer "em voz alta" o que "muitos portugueses pensam".
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"Falei para dizer que o país lhe deve muito, porque lhe deve mesmo muito, pelo que fez durante o período da troika e porque é uma justiça", reafirmou, esta sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa os elogios que fez ao antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, ao considerar que é "um ativo com futuro".
Ressalvando que já disse o mesmo em relação a "muita gente", Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de vincar que não se trata de uma opinião pessoal: "É a minha opinião como presidente da República, dizendo em voz alta o que muitos portugueses pensam".
Questionado pelos jornalistas, à saída do Conselho Superior da Magistratura, que decorre em Gaia, sobre a notícia do Expresso de que aumentou o número de furtos de bens alimentares e há produtos, como atum, à venda nas prateleiras com alarme, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que não se trata de uma situação generalizada.
"Periodicamente, há uma ou outra notícia destas, nessas circunstâncias, tendo eu perguntado a quem está a acompanhar essa matéria, se é uma situação generalizada, a resposta foi não".
Depois, criticou quem procede aos furtos de alimentos, ao afirmar o seguinte: "A generalidade dos portugueses está a atuar, apesar da crise e das medidas que vão sendo tomadas, com um comportamento cívico, apesar daquilo que sofre diariamente".
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que tem a convicção de que "provavelmente, vai ser necessário tomar mais medidas, se a guerra se prolongar".
Já em relação à recusa de alguns partidos em alterar a lei que gere as incompatibilidades dos titulares de cargos públicos e políticos, o presidente da República considerou que se trata "de uma posição". Mas encarou como "incompreensível" que a Entidade da Transparência esteja sem ser criada há três anos. Para o presidente da República, isso pode dar a ideia aos portugueses de que, "afinal, a transparência não é uma prioridade".