Sofia Cardoso abriu na terra natal o primeiro estabelecimento que alia a roupa a fragrâncias.
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Apaixonada por moda e comunicação, Sofia Cardoso, 35 anos, tinha dois sonhos: ser jornalista e abrir uma loja. Realizou o primeiro, mas nunca deixou de imaginar o dia em que inauguraria o próprio negócio. "Sabia que ia acontecer. Sempre tive como segundo sonho abrir uma loja de roupa e, ao longo dos anos, fui idealizando-a na minha mente", conta.
Depois de viver uma década em Lisboa, regressou às origens, a Pombal, em Leiria, para abrir a primeira "concept store" da cidade, que "alia roupa a fragrâncias".
Em abril, nasceu a Adora Concept Store, "onde as fragrâncias assumem um papel preponderante, com clientes a entrarem na loja atrás do aroma". "O contacto com os cheiros faz parte da experiência de compra, conseguimos acrescentar sensações e emoções", diz a jovem pombalense, que vende roupa de marcas portuguesas e estrangeiras, algumas que não existiam na cidade, acessórios, calçado, cremes de corpo, velas aromáticas, difusores e perfumes que, explica, "podem ser usados nos têxteis, no ambiente e em nós".
A variedade de produtos num "ambiente personalizado" é uma das peculiaridades do conceito que pretende que "as pessoas no mesmo espaço consigam fazer um visual completo e uma compra para si e para a casa", detalha
Sofia pensou tudo de raiz. "Só tinha as quatro paredes. Criei tudo. Queria que fosse uma loja diferente", partilha. É também esse toque pessoal que caracteriza este género de estabelecimentos, que "refletem uma personalidade própria, transmitindo uma mensagem".
"A nossa é que a moda deve ser transversal a todas as idades e versátil. Mulheres ativas e modernas, entre os 20 e os 60 anos, que gostam de estar na moda e de se sentir confortáveis. Fiz uma pesquisa de mercado para perceber quais eram as marcas que faziam mais sentido para a cidade e para as pessoas", revela, acrescentando que também há roupa masculina.
O "bichinho" pela moda começou cedo, influenciada pela mãe que tinha lojas de roupa e onde passava algum tempo. Em 2020, quando decidiu ser mãe, estava insatisfeita com a vida profissional "que não era compatível com a pessoal", o que a ajudou a avançar. "Achei que era o momento para dar este passo. Queria também trazer algo diferente para Pombal, onde existem menos coisas por ser um meio mais pequeno".