Em Roma, uma das cidades europeias onde o trânsito é mais complicado, cada automobilista gasta, em média, 35 minutos por dia (12 horas por mês) à procura de lugar para deixar o seu veículo. O resultado é que há, cada vez mais, casos de estacionamento classificados de "absurdos", denunciados nas redes sociais.
Corpo do artigo
Segundo um estudo da Parclick.it, empresa líder de reservas de estacionamento na Europa, a procura por estacionamento na capital italiana é descrita como um "pesadelo". Ainda para mais, a opção pelo transporte público continua a não conseguir cativar os que ali vivem ou trabalham, cenário que se agravou nos últimos anos com a pandemia de covid-19.
Segundo o estudo, sete em cada dez romanos usam o automóvel particular todos os dias nas deslocações para o trabalho, o que significa que há três vezes mais vezes mais veículos do que a cidade pode acomodar. Para piorar a situação, apenas um terço dos proprietários tem estacionamento próprio.
O resultado prático deste "caos" é que há quem perca a paciência e deixe o carro em qualquer lugar para não chegar atrasado ao trabalho. Exemplos? A meio de uma passadeira ou de uma faixa de rodagem em plena avenida, em cima de passeios, ou mesmo em terceira fila.
Justificações mais imaginativas que o próprio estacionamento
E para quem quiser testemunhar alguns dos "absurdos", nada como consultar o perfil no Facebook do "The Roman Post", que reuniu uma coleção fotográfica destas situações sob a hashtag #èparcheggiata no Instagram.
Segundo um artigo publicado no diário italiano "ilmessaggero", apesar de comuns, estas situações têm sempre "justificação imaginativa" por parte dos proprietários dos automóveis. "Era só por uns minutos", "só ocupei um bocadinho das faixas" ou "não tinha alternativa", são algumas das mais habituais entre os transgressores.
A capital italiana é a cidade daquele país com maior média de carros particulares (629 por 1000 habitantes) - o dobro de Paris, em França. Também por isso, encontrar um lugar é um pesadelo diário. E quanto mais perto do centro, pior. Segundo o estudo da Parclick.it, há casos em que o tempo de procura por uma vaga chega aos 45 minutos.
Parques públicos custam entre 8 e 48,5 euros por dia
Numa cidade, onde os lugares na via pública são quase todos a pagar - exceção feita a algumas zonas de moradores e veículos elétricos - os preços em parques públicos não são baratos, com a tarifa diária a variar entre os 8 e os 48,5 euros.
Finalmente, de acordo com o estudo, as piores horas para encontrar um lugar vago são as do início da noite, quando a maioria regressa a casa, após o trabalho. O pico mais crítico é entre as 19 e as 20 horas.