Ema Paulino foi reeleita presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) para o triénio 2024-2026, com 52,9% dos votos contra os 42,3% conseguidos por Duarte Santos.
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A atual presidente conquistou 1369 votos. Há três anos, Ema Paulino foi eleita a primeira mulher à frente da ANF com 58% e apenas menos 29 votos. A diferença é que este ano registaram-se para votar mais farmácias: em 2021 foram 2165, agora 2602. Duarte Santos, presidente do Conselho Fiscal da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos conseguiu 1069 votos. Foram ainda contabilizados 124 votos em branco e 13 nulos.
No comunicado enviado pela ANF relativo aos resultados eleitorais, Ema Paulino propõe “manter a ANF no rumo certo, continuando o trabalho de afirmação da ANF, que é hoje uma voz ativa, respeitada e reconhecida por todos os decisores e intervenientes do setor da Saúde.” Apresenta como principais objetivos “reforçar o posicionamento das Farmácias enquanto espaço de saúde de proximidade, apostando na diferenciação pelos serviços e aconselhamento especializado, a sustentabilidade económico-financeira das Farmácias e da ANF, assim como o reforço da coesão territorial e associativa”.
A votação foi assim mais renhida do que há três anos. Talvez por isso, uma das primeiras prioridades pós-eleições, revelou ao JN, Ema Paulino é o reencontro com a lista adversária para as farmácias “falarem a uma só voz”.
Durante a campanha, a presidente da ANF, comprometeu-se a dar continuidade ao seu programa e à intenção de reforçar a sustentabilidade económica das farmácias e apostar na “contratualização de mais serviços com o Serviço Nacional de Saúde”. Um dos objetivos é, por exemplo, sublinhou ao JN, o reforço de serviços prestados pelas farmácias em zonas rurais ou de menor densidade populacional passando a ser “uma porta de entrada do sistema de Saúde”.
Assim, um dos projetos para este mandato é a possibilidade de as farmácias comunitárias monitorizarem doenças crónicas com registo, por exemplo, da pressão arterial ou do colesterol, numa plataforma de modo a que quando o médico prescrever receitas ter acesso a esses resultados. Outra parceria com a direção executiva do SNS é a participação das farmácias no rastreio do cancro do colon-retal de modo a conseguir-se uma taxa de participação mais elevada
No comunicado emitido este sábado pela ANF, Ema Paulino garante que no seu mandato, algumas das reivindicações de décadas se tornaram realidade.
Neste período, as farmácias comunitárias foram responsáveis pela realização de mais de 13 milhões de testes COVID-19 e pela administração de mais de 3 milhões de vacinas contra a gripe e contra a COVID-19, mediante contratualização histórica com o Serviço Nacional de Saúde. "Iniciou-se a primeira fase da renovação da terapêutica, alcançou-se o acesso ao histórico terapêutico pelos farmacêuticos comunitários e legislou-se a dispensa em proximidade de terapêutica hospitalar nas Farmácias comunitárias, entre outras medidas", lê-se no comunicado.
A equipa da Direção terá como vice-presidentes, Paulo Fernandes, Paula Dinis e Fausto Almeida. A Mesa da Assembleia Geral será presidida por Carolina Mosca, o Conselho Fiscal por Diogo Gouveia, e o Conselho Disciplinar por Helena Amado.