Emigração de arquitetos é sinal da “pouca retenção de talentos” em Portugal
Mais de 2600 arquitetos pediram para exercer no estrangeiro nos últimos dez anos. O presidente da Ordem dos Arquitetos alertou que a emigração é sinal da “pouca retenção de talentos” do país. São atraídos por melhores salários e condições de trabalho no mercado europeu.
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Auferem baixos salários ao fim do mês e são confrontados diariamente com a falta de condições de trabalho. O problema não é de agora e nos últimos dez anos levou 2609 arquitetos a pedirem certificados para trabalhar no estrangeiro, um número que já equivale a 10% dos 22 mil no ativo. Para o presidente da Ordem dos Arquitetos a emigração destes jovens arquitetos é sinal da “pouca retenção de talentos” em Portugal.
Foi em 2014 que se registou o maior número de pedidos de certificações da década (535). Desde então que a tendência é decrescente, o que terá a ver “com a recuperação económica” do país, sublinhou, ao JN, Avelino Oliveira. Apesar disso, o número “grande de saídas”, cerca de 260 por ano, preocupa. Até setembro deste ano, 85 profissionais manifestaram essa intenção, o correspondente a cerca de 10% das cerca de 800 novas entradas anuais na ordem profissional.