
Manifestação de emigrantes lesados do BES
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Os emigrantes lesados do Banco Espírito Santo (BES) vão, até ao final do mês, propor ao Novo Banco que resolva o conflito através da mediação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
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O anúncio foi feito pelo presidente da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP), Luís Marques, durante o protesto na manhã desta sexta-feira em frente à sede do Novo Banco, em Lisboa.
"A arbitragem vai ser proposta até ao fim do mês", afirmou Luis Marques, adiantando que este é um novo mecanismo que a CMVM disponibiliza para mediação de conflitos.
A CMVM publicou em julho um regulamento com as regras da mediação de conflitos entre investidores não institucionais e as entidades que supervisiona.
O caso dos clientes que se sentem lesados em bancos recentemente alvo de resolução, como os que hoje protestam, pode enquadrar-se num procedimento de mediação multilateral.
Dezenas de emigrantes lesados do BES estão desde as 11. 00h concentrados em frente à sede do Novo Banco, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Depois da concentração junto à sede do Novo Banco, os emigrantes lesados irão marchar até ao Banco de Portugal, na Rua do Comércio.
Os emigrantes lesados que se estão a manifestar não aceitam a solução comercial proposta pelo Novo Banco que foi aceite, contudo, por 6.000 clientes emigrantes, que tinham investido cerca de 500 milhões de euros em produtos de poupança.
