Emigrantes sub-30 dizem que as medidas de António Costa são "um insulto" e que só regressam a Portugal com a vida estabilizada.
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Era para ser uma passagem temporária por Espanha. “O Erasmus que nunca tive”, diz Adriana Neves, 28 anos, a trabalhar e a viver em Valência, depois de mais de três anos a residir em Madrid. Está emigrada há cinco anos. A procura por novas experiências no estrangeiro foi o que motivou a maioria dos jovens emigrantes ouvidos pelo JN. Não colocam de parte voltar a Portugal. Mas, para já, a qualidade de vida é maior, há melhores salários e mais sonhos a serem concretizados lá fora. As medidas anunciadas pelo Governo para reter os jovens parecem-lhes “um penso rápido” e “um insulto”.
O plano de Adriana era simples. Ficaria no mínimo seis meses em Espanha e no “máximo dos máximos” dois anos. Hoje trabalha no departamento de marketing de uma empresa de aluguer de autocaravanas. “Sinto que vim para Espanha pela aventura de viver num país diferente e experimentar uma nova cultura. Fiquei pela qualidade de vida que consegui em diferentes cidades e com diferentes trabalhos”, explica.