Emoção e esperança no arranque da vacinação no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa
Alberto Silva, médico de 68 anos do serviço de Urgência do Hospital Padre Américo de Penafiel, foi o primeiro de 600 profissionais do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) a receber a vacina contra a covid-19.
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Nesta primeira fase, o CHTS recebeu 600 vacinas, que vão ser administradas a 470 profissionais de saúde do Hospital Padre Américo, em Penafiel, e a 130 do Hospital de São Gonçalo, em Amarante.
Visivelmente emocionado, Alberto Silva confessou que este foi o momento por que esperava há vários meses e que nunca teve dúvidas em receber a vacina. "Sempre o quis fazer. Porque esta é uma luta desigual. Não sabemos de que lado o vírus vai aparecer e muitas vezes sentimo-nos impotentes. E esta é uma esperança que surge e se Deus quiser vai ser o princípio do fim".
Alberto Silva foi vacinado pela enfermeira Filipa Silva, que esteve na área covid e agora está na medicina do trabalho. "Estive no internamento covid, estava a fazer turno no dia que recebemos o primeiro internamento e vivemos momentos muitos assustadores, com muitas dúvidas e muitos receios".
"Recebemos agora, com muita alegria. Sabemos que é um pouco assustador, mas é uma esperança. Que seja o princípio do fim da pandemia.
Nesta primeira fase, a vacina vai chegar a cerca 1200 dos 2250 profissionais de saúde do CHTS. 600 receberam nestes três dias a sua vacina, aguardando-se a chegada de mais 600 para os restantes que cumprem os critérios de vacinação.
Segundo Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do CHTS, a aceitação "foi muito positiva". "Estou convencido que o universo do hospital vai ser coberto com vacinação", afirmou, destacando a importância deste dia para a saúde. "Todos nós temos vivido um ano absolutamente atípico, um ano de grande exigência e o aparecimento da vacina é a luz de esperança que nos pode perspetivar um ano de 2021 diferente".