António Barros, ex-presidente da AEP, relaciona turismo e imigração desregulados com aumento da insegurança. E diz que "faltam 90 mil pessoas na construção civil em Portugal”.
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O ex-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), António Barros, relacionou a queda de Portugal no ranking da segurança com a falta de preparação para as vagas de turismo e migrações e apoiou-se nas palavras de José Luís Carneiro, ex-governante com experiência na segurança, para defender uma imigração regulada. Palavras ditas na apresentação, no fim-de-semana em Guimarães, do livro “Segurança Interna em Tempos de Incerteza”, onde José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna de António Costa, reúne 50 discursos e intervenções do seu consulado. O reitor da Universidade do Minho, convidado para apresentar a obra, chamou-lhe um exercício de “accountability.
“Faltam 90 mil pessoas na construção civil em Portugal”, afirmou o ex-presidente da AEP, atualmente presidente do conselho fiscal da Mota-Engil. “Mas, qualquer tipo de migração é virtuosa?” - questionou, em jeito de provocação. Para o administrador de empresas, com 60 anos de experiência, a resposta é “não”. “ As migrações se não forem reguladas podem ser nocivas e causadoras de insegurança”, apontou. António Barros baseou-se em textos do próprio José Luís Carneiro para defender a regulação da imigração.