As análises às duas torres de refrigeração da Longa Vida deram positivo para a legionela. A confirmação foi feita esta sexta-feira à noite pela empresa do grupo Nestlé.
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As torres da Longa Vida estavam desligadas por ordem da delegação de saúde, desde a passada quarta-feira, depois de uma primeira análise positiva. O surto de legionela que está a afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim já infetou 85 pessoas, das quais nove morreram.
"Os resultados indicam a presença de «legionella pneumophila» nas torres de refrigeração do centro de distribuição da Longa Vida, em Perafita", escreve a empresa em comunicado.
A Longa Vida explica que, por agora, "não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu a região". Depois de terem dado negativas as análises à Ramirez, restava apenas a Longa Vida como suspeita de estar na origem do surto.
Na terça-feira, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS/Norte) admitia que, na sequência das investigações à origem do surto, havia encerrado preventivamente as torres de refrigeração de duas empresas de Matosinhos.
Dada a dispersão geográfica dos casos, a ARS/Norte descartava a hipótese de o surto estar relacionado com a água para consumo e explicava que tudo apontava para "uma fonte ambiental" e, neste caso, uma torre de refrigeração, à semelhança do que aconteceu, em 2014, no grande surto de Vila Franca de Xira.
A Longa Vida manifesta ainda o pesar a todos os afetados pelo surto e garante que "continuará a trabalhar com as autoridades até ao termo das investigações". A empresa explica ainda que efetua controlos regulares às suas torres de refrigeração, "que sempre revelaram ausência de legionela", mas nada diz sobre a data das últimas análises, manutenção ou inspeções ao equipamento.