Orientação polémica da Direção-Geral da Saúde foi atualizada. Alterações foram feitas a pedido da Ordem dos Médicos, mas versão final é consensual.
Corpo do artigo
A Direção-Geral da Saúde atualizou a polémica orientação sobre os cuidados de saúde durante o trabalho de parto, retirando e modificando excertos do texto que atribuíam autonomia e responsabilidade aos enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica (EEESMO) no internamento e vigilância dos partos de baixo risco. As mudanças foram feitas a pedido da Ordem dos Médicos. Os enfermeiros não viam necessidade de alterações, mas concordaram e agora todos estão “confortáveis” com o texto final.
Menos de um ano depois, a nova orientação, atualizada a 26 de março, difere da anterior (de 10 de maio de 2023) em vários pontos. Por exemplo, a antiga orientação permitia que o internamento de um parto de baixo risco fosse realizado por um obstetra ou por um enfermeiro especialista, enquanto a nova versão refere que o internamento “pode ser realizado por um EEESMO, com conhecimento de um médico de obstetrícia e ginecologia responsável”. A Direção-Geral da Saúde (DGS) justifica a alteração com a necessidade de gestão de vagas no puerpério e na neonatologia.