Engenharia Aeroespacial: do pouco emprego ao prestígio, onde estão os primeiros licenciados
Turmas de estreia de Engenharia Aeroespacial tinham hipóteses reduzidas de trabalho em Portugal.
Corpo do artigo
Movidos pelo gosto por aviões e pelo fascínio da exploração espacial e planetária, José Neves, Filipa Moleiro e Tiago Hormigo foram das primeiras “fornadas” de diplomados do curso de Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa, criado no início dos anos 90. Saídos da faculdade pouco após a entrada no novo milénio, a empregabilidade não era, ao contrário de hoje, o ponto forte de um curso pioneiro no país, embora fosse uma área já muito badalada lá fora, inclusive no ensino.
Nos primeiros anos de carreira, as hipóteses pareciam reduzidas a emigrar, trabalhar para a TAP e para poucas e pequenas empresas em Portugal ou criar um negócio próprio. Há quem tenha encontrado a vocação no ensino, como Filipa Moleiro, que voltou ao IST como docente, depois de anos a ser uma das poucas mulheres a estudar Engenharia Aeroespacial.