Entre o Marco de Canaveses e a Régua, há transbordos, esperas longas e viagens intermináveis

Sem comboios entre Marco de Canaveses e a Régua, os passageiros são encaminhados para os autocarros de substituição
Foto: António Orlando
A suspensão dos comboios entre o Marco de Canaveses e a Régua, devido às obras de eletrificação, está a transformar cada viagem num percurso exaustivo feito entre carris interrompidos e autocarros com percursos mais lentos, multiplicando atrasos, queixas e frustrações entre os passageiros habituais.
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A interrupção da circulação ferroviária entre o Marco de Canaveses e a Régua, iniciada no começo de novembro devido às obras de eletrificação, continua a transformar cada deslocação na Linha do Douro numa verdadeira prova de resistência. O cenário vivido por José Veiga, residente em S. João da Pesqueira, é apenas um entre muitos. No Porto, apanhou o comboio urbano das 15.30 horas e chegou à estação do Marco às 16.35 horas. Seguiram-se duas horas de espera até ao transbordo para o autocarro. A chegada à Régua estava prevista para as 20.55 horas, e ainda faltava o derradeiro troço até casa, feito em carro particular. "Com sorte, chegarei a casa perto das 22 horas", resignava-se.
