Escola Náutica Infante D. Henrique na vanguarda da formação náutica com novos simuladores
O novo Centro de Simulação Marítima marca "um passo enorme para a formação marítima nacional", avança o presidente da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique em Oeiras.
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O Centro de Simulação Marítima por simuladores náuticos de última geração irá ajudar na formação de oficiais eletrotécnicos. Apesar do perfil ter sido criado em 2010 pela Organização Marítima Internacional (OMI), a Escola Náutica Infante D. Henrique (ENIDH) apenas iniciou o curso em 2016, mas estavam em falta os simuladores necessários. Os novos simuladores digitais, suportados pela instalação de cerca de 100 computadores, ultrapassam largamente os modelos analógicos anteriores, possibilitando uma experiência mais imersiva num ambiente realista. "É uma experiência muito mais rica e com muito mais informação", afirma o presidente da ENIDH.
Ao JN, Luís Baptista explica que estes equipamentos " catapultam Portugal para a vanguarda da formação superior náutica". O presidente da ENIDH ressalva ainda que a utilização dos novos simuladores não será exclusiva à formação de estudantes mas "dedicada também a trabalhos de investigação" na área da navegação marítima, assinalando então "a passagem para o século XXI" em termos da educação náutica portuguesa.
De acordo com o site oficial da ENIDH, o programa total engloba a instalação de novos simuladores "Full Mission" de Pilotagem e de Máquinas Marítimas, um novo simulador náutico de operações de carga e descarga de navios tanque e ainda a renovação dos equipamentos mais antigos que a escola de formação superior marítima já possuía.
Ainda de acordo com o site oficial da escola, a instalação dos novos equipamentos ficou concluída no passado dia 23 de junho e foi feita em parceria com duas universidades norueguesas.
Parceria internacional
O projeto de renovação avaliado em dois milhões de euros foi implementado ao abrigo da iniciativa MARineSIM, inserida no Programa EEA Grants que considerou a ENIDH "estrategicamente fundamental" para o desenvolvimento da área marítima portuguesa, revela Luís Baptista.
O Programa EEA Grants foi o resultado do Acordo do Espaço Económico Europeu (EEE) assinado em 1992 no Porto. Destinou-se à redução das disparidades económicas dentro da Europa através dos investimentos financeiros da Noruega, Islândia e Liechtenstein, parceiros no mercado interno da União Europeia desde o mesmo ano. Essencialmente, o programa destina-se aos países cujo PIB per capita se desvia mais da média europeia de entre os quais se encontra Portugal, que já beneficiou da disponibilização de centenas de milhões de euros desde a implementação do projeto EEA Grants no país.
Em Portugal encontra-se a decorrer ainda o Mecanismo Financeiro de 2014-2021 com uma alocação global de 102 milhões de euros a ser repartido por diversas áreas de desenvolvimento económico e social. A área da formação marítima é uma das contempladas.