As escolas estarão dispostas a "aceitar justificações de faltas para situações excecionais, como a que decorre da epidemia do coronavírus".
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No entanto, seria "bom que o Ministério da Educação esclarecesse se os estabelecimentos de ensino têm autonomia para decidir" se um documento dos pais sob compromisso de honra basta ou se será exigível atestado médico. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, garante que os responsáveis estão "atentos ao site da Direção-Geral de Saúde (DGS)" para acompanhar as diretrizes.
Não falta sabão
"Há escolas que, por iniciativa própria, já organizaram sessões de esclarecimento com profissionais de saúde, para manter a tranquilidade, que tem sido conseguida", comentou, assegurando que "as crianças têm estado atentas e seguem as recomendações de lavar as mãos antes de comer". As escolas não têm desinfetantes, como chegou a ser obrigatório em 2009, durante o surto de gripe A, mas "não falta sabão para higienização das mãos, o que é suficiente, segundo a DGS".
Menos tranquilos estão os pais que quiseram anular viagens de finalistas que se realizariam no final deste mês e que não estão a conseguir reaver o dinheiro. As agências alegam que as companhias aéreas não devolvem o dinheiro, nem os hotéis aceitam o cancelamento a menos de 30 dias.
O JN insistiu, sem sucesso, na terça-feira, junto do Ministério de Educação para que esclarecesse as instruções que serão transmitidas às escolas sobre faltas e profilaxia ou isolamento de casos suspeitos que sejam detetados.
Empresas têm cinco dias para traçar planos
As empresas públicas terão de traçar planos de contingência para o novo coronavírus no prazo de cinco dias. A ordem está plasmada num despacho publicado em Diário da República na segunda-feira, que recomenda a opção por teletrabalho quando necessário. Ontem a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, negou que o despacho tenha chegado com atraso. A ordem, disse no Parlamento, surgiu "no momento adequado" e "oportuno".