Há mais alunos nas escolas abrangidos por medidas de apoio à aprendizagem e inclusão, mais professores e técnicos especializados. Segundo um relatório da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), no ano letivo 2021-2022 fizeram-se 1849 parcerias, “quase metade” com serviços e empresas privadas.
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Nesse ano letivo, 83 431 alunos foram alvo de medidas de apoio à aprendizagem, mais 6,6% do que no ano anterior. A maioria dos alunos eram do 1.º e do 3.º ºciclos (23 087 e 26 024, respetivamente).
O reforço das aprendizagens e o apoio psicopedagógico foram as medidas mais aplicadas. Comparativamente, as escolas preteriram estratégias como o apoio tutorial, aplicado, por exemplo, a 16% dos alunos sinalizados no 3.º ciclo e a 11,2% do Secundário. Os percursos curriculares diferenciados foram uma escolha quase residual: 2,5% no 3.º ciclo e 1,6% no Secundário.
Planos de transição
As adaptações curriculares significativas aumentam com o nível de escolaridade: 66,2% no 1.º ciclo a 95,1% no Secundário. Neste grupo de alunos com maiores dificuldades de aprendizagem e que são alvo de “medidas adicionais”, quase um quarto dos alunos do 3.º ciclo (24,7%) e 84,9% do Secundário tiveram planos individuais de transição que também pretendem preparar a transição para a vida ativa.
Dos mais de 83 mil alunos alvo de medidas, 59 750 tiveram acesso a, pelo menos, um apoio especializado. A maioria acompanhamento de psicologia (23 155), terapia da fala (20 695) ou terapia ocupacional (8267). No ano em análise, o número de professores de Educação Especial passou de 7122 para 7258. E o de técnicos de 1508 para 1544.