A partir de janeiro vão chegar às escolas 55 professores aposentados que concorreram para voltar a dar aulas. O Ministério da Educação, Ciência e Inovação revelou esta quinta-feira que este será o primeiro grupo, "estando previstas novas vagas de recrutamento ao longo do ano letivo".
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O regresso de professores aposentados às escolas para reduzir o número de alunos sem aulas é uma das medidas do plano "+Aulas, +Sucesso". O Governo pretendia reforçar as escolas com 200 docentes aposentados há menos de cinco anos e aprovou, como incentivo, a acumulação da reforma e de salário (consoante horário e pelo primeiro índice da carreira). Apenas 79 concorreram, recorde-se. E hoje o MECI revelou, numa nota à Imprensa, que apenas a candidatura de 55 foi validada, tendo sido registada uma desistência, segundo as listas hoje publicadas pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
Estes docentes vão ser colocados num dos 234 agrupamentos sinalizados como "carenciados" (no ano passado tiveram alunos sem aulas, a pelo menos uma disciplina, mais de 60 dias). O pedido de horários será disponibilizado às escolas no dia 23 de dezembro, revelou o MECI.
De acordo com a nota, quando metade dos professores que vão regressar às escolas (24) manifestaram disponibilidade na candidatura para darem aulas na Grande Lisboa e Península de Setúbal. As regiões com mais horários por preencher. Somam-se ainda 6 docentes que poderão ser colocados em escolas do Grande Porto.
Entre os grupos disciplinares, há 8 professores de Português e 6 de História (3.º ciclo e Secundário) e outros seis de Educação Especial. O ministério revelou que os principais motivos para a exclusão dos candidatos foi terem-se aposentados há mais tempo, mencionarem incorretamente o tempo de serviço ou não reunirem os requisitos para o grupo de recrutamento a que se candidataram.