Depois da megadescarga, ocorrida em setembro passado, da barragem de Cedillo, que deixou o rio Pônsul praticamente seco na sequência daquela medida extrema de Espanha para cumprir, à última da hora, os acordos a que estava obrigada, aquela albufeira estava ontem à cota de 108 metros.
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O que significa que Espanha irá antecipar o compromisso assumido com Portugal de repor o volume de água, à cota 110, a 10 de dezembro.
O compromisso havia sido assumido com o Ministério do Ambiente e Ação Climática, tendo já na passada semana, em entrevista ao JN, o ministro João Matos Fernandes admitido que a promessa seria honrada tendo em conta a subida de cota do rio.
Ontem, segundo o JN apurou, o Pônsul estava já próximo do nível em que o Cais Lentiscais fica a flutuar - recorde-se que a imagem mais marcante daquele rio seco foi aquela onde o cais surge precisamente desguarnecido de água.
Do lado de lá, "nuestros hermanos" continuam a justificar-se com o abastecimento a Cáceres, apesar da promessa de estabilização do caudal a curto prazo. "O nosso problema é que temos de assegurar uma quota mínima [na albufeira de Cedillo], porque abaixo dessa quota não está assegurado o abastecimento [de água] a Cáceres", frisou a ministra da Transição Ecológica de Espanha, Teresa Ribera.