Reações adversas a bombas de insulina levam Infarmed a proibir aquisição de dispositivos da empresa que ganhou os dois maiores lotes do concurso público. Atraso prejudica os doentes.
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Os centros de tratamento da diabetes estão impedidos de adquirir bombas de insulina automáticas à empresa que ganhou dois lotes do concurso público internacional aberto em abril. Num total de 2442 dispositivos que iam ser comprados, há cerca de dois mil que não podem ser comercializados por decisão do Infarmed, após um alerta de risco acrescido de hipoglicemia feito por uma associação britânica e alguns incidentes notificados em Portugal. É mais um atraso com prejuízo para os doentes.
Em maio de 2022, o ex-ministro da Saúde Manuel Pizarro anunciou um programa para tratamento com bombas de insulina de última geração para cerca de 15 mil doentes com diabetes tipo 1. Previa-se que os primeiros aparelhos, que fazem a leitura permanente dos níveis de glicemia e vão administrando insulina à medida das necessidades, começassem a chegar aos 28 centros de tratamento - em 27 hospitais do SNS e na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) - ainda em 2023. Porém, o concurso demorou quase um ano e agora há um novo impasse.