O investimento público que foi orçamentado e nunca chegou a ser executado perfez, nos últimos cinco anos, um total de 10 mil milhões de euros, com piores resultados em 2022 e 2023. A execução de 2024 não está muito melhor. Na área da Saúde, mais de metade foi executado nos últimos dois anos.
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Dos 10 mil milhões de euros que ficaram por investir desde 2019, mais de metade correspondem aos últimos dois anos, revelam os relatórios de execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento. Em 2023, que foi o pior ano, ficaram por investir 2825 milhões de euros. Nestas contas entram os investimentos e as transferências de capital, pois as últimas também se destinam ao investimento das entidades que recebem as verbas.
Numa análise aos primeiros nove meses deste ano, o cenário não é mais animador. A execução das administrações públicas (onde se incluem todos os organismos da administração central e local) estava, no final de setembro, em 46,2% do total orçamentado para este ano. O valor só é ligeiramente superior aos 45,3% que estavam executados na mesma altura do ano passado, quando a verba por gastar foi a mais alta desde 2012.