A despesa do Estado com o Complemento Solidário para Idosos (CSI) nunca foi tão alta e quase duplicou em 2024 face ao ano anterior. O valor executado ultrapassou em 143 milhões de euros o previsto no orçamento inicial, superando o valor gasto com o Rendimento Social de Inserção (RSI).
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Em 2024, O CSI custou aos cofres públicos 430,3 milhões de euros, avançou ao JN o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. E, no início do ano, estavam apenas inscritos 287,3 milhões de euros destinados à prestação social, de acordo com os relatórios de execução orçamental da Segurança Social. Para encontrar um valor tão alto é necessário recuar até 2011, no início do período da troika, quando a mesma rubrica custou aos contribuintes 272,7 milhões de euros. Nesse ano estavam abrangidos pelo CSI 235 717 idosos, mais 33 563 do que em novembro de 2024. Em 2023, o valor gasto com o CSI ficou-se pelos 234,5 milhões de euros.
A explicar este crescimento na despesa pública está o facto de o rendimento dos filhos deixar de contar nas condições de acesso ao CSI e que levou mais 72 335 idosos com baixas pensões a beneficiar do apoio desde junho, bem como o aumento do valor médio do subsídio pago todos os meses.