O diploma que prevê a remuneração de estágios para professores deverá servir para atrair jovens licenciados para as regiões onde há maior carência de docentes, casos de Lisboa e do Algarve.
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A reforma na formação dos docentes, que esteve em debate entre o ministério da Educação e diversas instituições do setor, deve, de acordo com o jornal "Público", contemplar apenas a criação de núcleos de estágio nas zonas onde há maior falta de profissionais, obrigando os recém-licenciados de outras zonas do país a fazerem dezenas ou centenas de quilómetros e a irem viver para cidades onde os custos de vida são mais elevados.
O regresso da remuneração de estágios, previsto no programa do Governo, foi promulgado em novembro pelo presidente da República, mas a sua versão final, com esta novidade, será diferente da que foi discutida com as diferentes entidades do setor, como faculdades e escolas superiores de educação, que formam os novos professores, e que criticam esta mudança.
Na prática, e de acordo com o que o jornal "Público" avança, todos os alubos finalistas dos mestrados de formação de professores teriam de estagiar em escolas da Área Metropolitana de Lisboa ou do Algarve, zonas de maior carência de docentes, para receberem um vencimento de 1600 euros brutos, para quem tiver um horário completo.