O Sol já espreitou ontem, mas os operacionais da Proteção Civil continuam a tentar a resolver os problemas causados pela passagem da depressão Martinho. Ainda assim, o número de pedidos de ajuda diminuiu significativamente.
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Entre a meia-noite e as 10 horas deste domingo, foram registadas 40 ocorrências, a maioria no território da Grande Lisboa.
Em Sobral de Monte Agraço, a chuva intensa causou aluimentos em três vias, com destaque para o troço da estrada nacional (EN) 115. A circulação mantém-se, mas faz-se por uma das faixas de rodagem. A estrada entre Casais de Santo Quintino e Valdevez encontra-se intransitável e há, ainda, danos no acesso a Sapataria. Já na EN 248, em Dois Portos, em Torres Vedras, está interrompida a passagem de todos os veículos devido à "instabilidade no pavimento".
Com os solos saturados e a descarga das barragens em Espanha, registam-se, ainda, inundações em 12 municípios banhados pela bacia do rio Tejo. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alerta para o elevado risco de galgamento das margens do rio, uma vez que os caudais do Tejo tiveram um "aumento considerável".
"As afluências provenientes de Espanha devem continuar a aumentar" e o risco é de que possam "inundar áreas suscetíveis". Como consequência da chuva dos últimos dias, os solos encontram-se saturados, o que deverá levar a uma descida mais lenta da água, "que, neste momento, afeta as vias rodoviárias", explica a Proteção Civil.
Equipamentos e rede viária
Certo é que já há inundações de estradas, praias fluviais e outros equipamentos em 12 concelhos: Azambuja, Benavente, Salvaterra de Magos, Coruche, Golegã, Cartaxo, Santarém, Almeirim, Abrantes, Constância, Vila Nova da Barquinha e Torres Novas.
Santarém é o município com maior número de vias alagadas, nomeadamente nas pontes dos Alcaides, do Celeiro, d"Asseca e do Alviela; no Pombalinho; e na estrada municipal da Ribeira de Santarém. No Coruche e na Golegã, há troços das estradas nacionais inundados, em particular a estrada da Amieira e a EN 365, no Pombalinho.