A manifestação “Teto e Habitação, direito à Educação” vai decorrer em Lisboa no dia 21 de março para assinalar o Dia Nacional do Estudante. O presidente da Associação Académica de Coimbra reforçou ao JN que a habitação, as propinas e o subfinanciamento crónico são os principais entraves no ensino superior.
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A Associação Académica de Coimbra (AAC) está a organizar uma manifestação para dar visibilidade aos problemas atuais que os estudantes portugueses têm de ultrapassar, nomeadamente na habitação e acesso à educação.
O objetivo é colocar no centro da discussão do próximo governo a necessidade de um sério investimento público no ensino superior.
O presidente da AAC, Renato Daniel, deu conta ao JN da vontade da associação de ter “um comboio que parta do Norte do país até Lisboa, de forma a mobilizar os estudantes” na luta pelo direito ao igual acesso no ensino superior.
No cerne da questão estão os “custos abusivos das rendas”, a “falta de residências para darem respostas” ao problema da habitação estudantil, as “propinas e subfinanciamento crónico”, diz o presidente da histórica associação estudantil.
Atualmente, considera que estes são os maiores entraves ao acesso à universidade, pelo que tanto o presidente como a associação defendem a possibilidade de haver um ensino superior universal, gratuito e de qualidade para todos os estudantes através da “eliminação da propina, assim como a continuação da aposta no investimento da ação social”.
Renato Daniel referiu terem elaborado um documento com mais de 110 propostas chamado “Pelo estudante, pelo país”, e estão a reunir com todos os candidatos às eleições legislativas para as apresentar. As moções vão além do ensino superior nos temas.
No seguimento do Fórum Internúcleos organizado pela associação, foram discutidos vários temas de atualidade política. No debate relativo às comemorações do Dia Nacional do Estudante, surgiu a convocação da manifestação em questão.