Estudantes portugueses entre os que têm mais férias de verão na Europa
São das mais extensas da Europa e diretores sugerem mudanças para equilibrar carga letiva com o descanso. Professores defendem mais paragens ao longo do ano e pais pedem reforço de apoios.
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Arrancam hoje as férias de verão para os alunos do 5.º ao 10.º anos, uma pausa entre as mais longas dos sistemas de educação europeus e não se prevê mudanças. O Governo vai manter os mesmos prazos, pelo menos durante os próximos quatro anos. O JN ouviu diretores, professores e pais sobre a adequação do calendário escolar às necessidades dos alunos, das escolas e das famílias. As soluções dividem opiniões, mas há consenso de que possíveis melhorias deveriam ser discutidas.
Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares (ANDE), defende que o principal problema é a sobrecarga letiva dos alunos, que acabam por passar demasiadas horas na escola . O representante sugere que a segunda interrupção letiva, - que depende da Páscoa ser em março ou em abril -, passe a ser fixa. A ideia seria começar a 15 de março prolongando-se até ao final desse mês, deixando “abril, maio e parte de junho para um maior equilíbrio do terceiro período”.