Cerca de 20 estudantes do movimento "Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil" ocuparam, esta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.
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Os ativistas reivindicam o fim do conflito na Palestina, o corte das relações diplomáticas e financeiras com Israel e o boicote aos projetos de Gás Fóssil explorado em Israel.
"O que se passa na Palestina e o colapso climático iminente são as expressões máximas de como as instituições nos estão a falhar", disse Matilde Ventura, estudante de Filosofia, de acordo com um comunicado enviado às redações. "Assistimos a um genocídio em direto e aprendemos desde cedo que não teremos um futuro se não acabarmos com os fósseis. Mas as instituições de poder e o governo que este Ministério representa nada fazem. Não podemos deixar que continuem a ignorar estas crises".
Contactada pelo JN, a PSP de Lisboa informou que os manifestantes foram retirados no edifício "sem incidentes". Já Matilde Ventura denunciou que os agentes foram "bastante agressivos". "Arrastaram manifestantes e arracaram cartazes e a bandeira da Palestina das mãos", contou.
Na quinta-feira, dezenas de estudantes e ativistas ocuparam a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em solidariedade com o povo palestiniano e, na segunda-feira passada, foram ocupadas a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Já na semana passada, estudantes universitários e do ensino secundário portugueses ligados a movimentos como a Greve Climática Estudantil e Estudantes pela Justiça na Palestina protestavam na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, em cujo edifício funciona também o Instituto de Educação.