Arrancou no início do mês de maio, na região de Lisboa e Vale do Tejo, o estudo "EPI-ASTHMA- Prevalência e caracterização das pessoas com asma, de acordo com a gravidade da doença, em Portugal", que irá determinar a prevalência de asma, assim como caracterizar o perfil do doente asmático em Portugal. Vão ser inquiridas quase 10 mil pessoas a nível nacional.
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A iniciativa é do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Universidade do Minho (UMinho), do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e da AstraZeneca. Teve início em 2021, em Matosinhos, com um projeto-piloto, e posteriormente na zona do Alto Minho, chegando agora a mais 13 unidades de saúde dos municípios de Cascais, Lisboa, Mafra, Palmela, Tomar, Torres Vedras, Sesimbra e Sintra. Mas a iniciativa passará por todo o país.
De acordo com o comunicado de imprensa, a implementação do estudo irá decorrer em todo o território continental, em articulação com médicos de 38 unidades de saúde dos cuidados de saúde primários de todo o país e contará com uma unidade móvel. Os responsáveis do estudo também avançam que, após os telefonemas iniciais para convite à participação no estudo, e que já estão a decorrer, serão feitas avaliações clínicas por telefone e presenciais na unidade móvel nas fases seguintes, junto a cada um dos Centros de Saúde participantes.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, está prevista a avaliação por telefone de 2801 pessoas, a avaliação na unidade móvel de 679 pessoas e a caracterização de 172 doentes com asma. No total do estudo, a nível nacional, serão avaliadas 7500 pessoas por telefone, 1800 pessoas na unidade móvel e caracterizados 460 doentes com asma. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, o trabalho de campo está previsto terminar no final de 2022 e a conclusão do estudo, na sua totalidade, em 2023.
A interpretação dos resultados e respetiva divulgação estará a cargo do ICVS/UMinho e do CINTESIS/FMUP. A AstraZeneca será responsável pela definição da estrutura, o enquadramento e a robustez necessária à realização do estudo, com vista à mobilização dos peritos, investigadores e departamentos técnicos adequados. O EPI-ASTHMA conta ainda com uma Comissão Científico-Estratégica, da qual fazem parte Jaime Correia de Sousa (professor no ICVS/UMinho), João Fonseca (professor no CINTESIS/FMUP) e Filipa Bernardo (AstraZeneca).